Quando a Princesa
fez três meses, passei mais um grande susto. Um susto muito grande.
Estávamos em total
correria para uma viagem, um grande congresso de mulheres batistas. Na quinta
feira, fomos dormir com malas prontas e hotel reservado. E, o meu marido,
embarcado, trabalhando. Tinha viajado na quarta-feira.
Na sexta
(21.06.13), à meia noite, exatamente, a nossa Princesa acordou resmungando.
Peguei-a e senti que ela estava muito quentinha! Medi a temperatura dela:
38,5oC. Fiquei preocupada: porque a princesa estava assim? Usei um antitérmico,
e a temperatura não baixava. Ficamos até às seis da manhã, vigiando, mamando e
às 6h da manhã, a febre baixou um pouco e ela dormiu um pouco. Eu também dormi
um pouco mais...
Às 9h, ela acordou
de novo, com 38,5oC de febre e a viagem foi se desfazendo em meu coração.
Liguei pros meus pais, e eles vieram me ajudar, para dar atenção ao Garotão. E
a febre da Princesa não cedia.
Meio dia, a febre
baixou pra 37,2oC e ela dormiu de novo. Ainda não tínhamos decidido se iríamos
ou não para o Congresso. Quando medimos às 13h e a febre não tinha subido,
decidimos viajar.
Às 14h, a Princesa
acordou de novo, agora, com febre de 39ºC. Então, partimos, minha irmã e eu
para o pronto-socorro. Disse ao Garotão que iríamos ao médico e voltaríamos
quando a Princesa melhorasse.
No caminho, fui
orando para que o Senhor colocasse médicos legais (a gente sabe como é médico
de PS, né? Nem sempre são os mais simpáticos...) para nos atender e que tudo
fosse esclarecido. Chegamos e a médica muito boa (já temos ótimas experiências
com ela com o Garotão), olhou ela todinha, e como não achava visualmente um
motivo de febre, pediu raio x e exame de sangue. Só que só poderia coletar
exame de sangue se a febre baixasse. Passou um antitérmico pra princesa e a
gente foi pro raio x. Estávamos na expectativa de que assim que coletássemos o
exame e o resultado saísse, iríamos embora.
Mas, ao voltar do
raio x, a febre ainda não havia baixado. Tivemos que dar um banho frio na
Princesa (ai, meu coração!) e aí, a febre baixou um pouco e foi possível
coletar o exame.
Esperamos mais
duas horas para sair o resultado e a Princesa, apesar da febre, estava
sorridente e brincalhona. Estávamos confiantes que iríamos sair do hospital,
então, o resultado chegou.
Brincalhona, a
médica correu para pegar o resultado do exame de sangue e parou estática: o
resultado dizia que a Princesa estava com infecção e teria que ser internada.
Internada? Como
assim? Não consegui acreditar. Comecei a chorar. Eu não podia ter mais alguém
comigo, afinal, a regra no PS infantil é que esteja apenas uma pessoa com a
criança. Minha irmã passou a tarde inteira (das 14h às 19h) na recepção,
sozinha, sem ninguém, sem poder entrar. Então, mandei uma mensagem SMS para ela
e ela respondeu pedindo para entrar imediatamente. Não tinha como, não era
autorizado.
Então, fui para a
porta que ligava o PS à recepção e abracei a minha irmã. Ali, choramos nós duas, com a Princesa no colo
naquela porta. O segurança do hospital ficou como que compadecido de nossa
situação e disse:
- Você tem fé?
Você acredita em Deus?
Eu respondi que
sim.
- Então, ele
respondeu, não precisa chorar. É só crer.
Não sei de onde me
veio o que se passou pela minha cabeça e respondi:
- Deus não me
proíbe de chorar.
Acho que fui meio
ríspida, fiquei com dó depois. Sei que ele queria apenas nos consolar, mas eu
precisava chorar... E, essa fala dele e a minha resposta, me remeteram ao texto
de João 11... que relata Jesus ressuscitando Lázaro. Lembrei de um versículo: “Jesus
chorou.”
Isso foi de um
impacto muito grande pra mim. Foi ver mais uma vez, na Palavra de Deus que Ele
se importa! Ele também estava ali, sentindo o que eu estava sentindo... e não
duvido que talvez estivesse chorando junto com as minhas lágrimas.
E isso me deu
liberdade de chorar, me deu liberdade de sentir o que estava sentindo... E, por
incrível que pareça: me deu força pra encarar a internação da Princesa com
ânimo e fé.
Foram 5 dias no hospital. Não foram dias fáceis,
mas pude chorar. Pude deitar no ombro de Papai do Céu e me fortalecer. Muitas vezes a gente chora, e
descobri que isso não é problema para o Senhor... Muito pelo contrário. Servir
ao Senhor não significa que temos que andar sem chorar e simplesmente ficar
firmes frente aos problemas da vida, podemos chorar, mas podemos contar com o
colinho de Papai do Céu!
Amiga,
ResponderExcluirAinda bem que temos o colinho do Papai do Céu, né !?
Internação nunca é fácil, ainda mais de bebê, hein?!
Eu tenho pedido muito colinho do Papai do Céu também !!!
Só Ele pra nos dar forças em certos momentos mesmo !
Beijos !
Mirela,
Excluireu não tinha noção do quanto uma internação é dolorida... mas eu tive muita certeza do colo de Papai do Céu!
Que vc possa se sentir confortada também!
Um beijo!