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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Consultando com a fonoaudióloga


Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude. 
Salmos 72:12

Bem, acabei parando de falar sobre o diagnóstico, né? Bom, então, vamos a mais um capítulo da saga em busca do diagnóstico.

Depois de passarmos pelo neuro, nós viajamos para o 2º. módulo da minha pós graduação. Na volta, tinha consulta marcada com uma fonoaudióloga e achei que poderíamos então começar com a terapia para que meu filho começasse a falar.

Ela foi o segundo profissional que me atendeu de forma completa. Fez toda uma anamnese, perguntou o desenvolvimento dele desde que nasceu. E, como a otorrino tinha comentado da importância do fato do meu filho ter nascido hipotônico, falei isso também. Então contei tudo: o desenvolvimento do meu filho, quando ele começou a balbuciar, quando ele começou a falar, quando começou a andar... tudo, tudo, tudo.

Ela o observou, conversou bastante comigo e deu o veredito:
Ela não poderia fazer nada por enquanto, só à partir do ano seguinte (ou seja, agora, 2012), pelo seguinte motivo: os planos de saúde não recomendam (e não pagam) tratamento para crianças com menos de 3 anos de idade e que ela só poderia fazer qualquer coisa com a recomendação de um neurologista.

Fiquei muito chateada. Por mais que a fono fosse legal, ela não poderia fazer nada sem uma indicação médica. E, eu não conseguia consulta com as neuropediatras de referência aqui da minha cidade!

Pelo menos, me deu algumas orientações, como anotar as coisinhas novas e ser ainda mais incisiva na comunicação. Me disse para sempre falar os nomes das coisas em todos os momentos e ainda fez recomendações para a escola. E disse para eu não dar as coisas enquanto meu filho não falasse o nome do que ele queria.

Fiquei muito triste porque fez recomendações de coisas que eu faço normalmente. Me senti a mãe mais incompetente do mundo. Tudo que ela tinha recomendado eu já fazia. A única coisa que eu não fazia era negar as coisas até que ele falasse. Eu não podia fazer isso! Quando eu não dava, as crises de birra dele eram terríveis. Ele se machucava. E, o estresse por isso era muito grande. Deixei essa recomendação de lado.

Eu não podia fazer mais nada.

Então, liguei de novo para uma das neuropediatras de novo e a recepcionista disse novamente que não tinha vaga. Então, comecei a chorar. Perguntei a ela se ela tinha alguém pra recomendar e ela disse que não. Então eu disse chorando: “o que eu faço então com o meu filho? Por favor! Você pode fazer alguma coisa?” Então consegui uma vaga para outubro.

Enquanto isso, peguei o relatório que a fono tinha feito e levei pra escola, para arquivar junto com os documentos do meu filho. A pedagoga leu e novamente, alguém me fez sentir culpada pela forma que cuido do meu filho, recomendando as mesmas coisas. Quando eu disse que suspeitava que a fala do meu filho estivesse atrasada por causa das viagens do meu marido. Nessa hora, ela disse que eu estava ‘psicologisando demais’. Saí da escolinha do meu filho ainda mais triste.

Me senti a pessoa mais errada, a pior mãe do mundo, que não estava sabendo cuidar do meu filho.

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